
Saudações!
Nestas últimas semanas tenho refletido sobre um assunto que me deixou um pouco revoltado no mundo dos games, não é algo tão recente, mas senti a necessidade de escrever que é em relação ao Online Pass, um novo sistema de combate a pirataria e a venda/troca de jogos usados. Acompanhem
Antes de falar do online pass propriamente dito, gostaria de fazer umas considerações sobre o mercado de games no Brasil. Acredito que a maioria dos gamers conhece um projeto chamado JogoJusto, que visa abrir a mente de todos os envolvidos no mercado de games no Brasil na tentativa de baratear o custo dos jogos, alegando que é um mercado com potencial e que os tributos são absurdos nas terras tupiniquins. Atualmente já conta com várias empresas de peso que apóiam a campanha, como a gigante Walmart, por exemplo.
Outro projeto que tem se mostrado bastante útil para os jogadores é o site chamado TrocaJogo, que nada mais é que uma rede virtual para troca de jogos originais entre jogadores do Brasil inteiro, na tentativa de fazer com que um jogador possa jogar mais jogos sem ter que desembolsar uma quantia expressiva de reais do bolso.
O que quero salientar com esses dois exemplos, é que apesar da pirataria aqui no Brasil ser absurdamente grande, ainda há jogadores que querem contribuir com o mercado de games, rodando apenas jogos originais e legítimos nos seus consoles, se mantendo firme e forte perante as tentações do mercado negro. E posso afirmar que esse número é bem significativo. Para isso que esses dois projetos acima foram criados, um para tentar reduzir os impostos sobre os games basicamente falando, e o outro para facilitar a troca de jogos.
Mas eis que surge uma empresa com uma idéia pra lá de revolucionária, que acabou com a felicidade dos pirateiros e os que tentam um lugar ao sol se virando como podem para adquirir um jogo original: a Electronic Arts (EA), com seu online pass.
Para os que não conhecem, o online pass é um sistema implantado pela EA para habilitar as funcionalidades online dos jogos mais atuais da mesma, ou seja, você compra um jogo e nele vem um código único e intransferível que você digita dentro do jogo e tudo fica numa boa. Porém, como eu disse, é intransferível.
Então, e agora, o que acontece? Acontece que, para jogar online, ou você compra o jogo original de uma revendedora, que para os que já fazem isso não muda nada, ou compra usado e adquire o online pass separadamente, via LIVE ou PSN, por apenas R$20,00 reais aproximadamente. Acredito que uma vez que você compra o jogo, você tem direito de fazer o que quiser com ele, e a EA está simplesmente ditando uma nova regra que nós meros mortais teremos que acatar de boca fechada, e de acordo com o site gamasutra, a EA afirma que “o software é licenciado para você, e não vendido”. A partir de agora, em uma venda ou troca de jogos da EA, certamente seu jogo será desvalorizado, pois o comprador terá que adquirir novamente o online pass para poder usufruir das funções online dos jogos.
Seria compreensível a criação desse sistema se fosse para combater a pirataria, mas prejudicar quem utiliza original dessa forma chega a ser desrespeitoso. E para não ser injusto, vocês podem ver aqui, aqui e aqui que outras empresas também estão gostando da idéia, e logo se tornará um padrão.
Para os usuários de Xbox 360, além de ter que pagar pelo serviço online do console, a LIVE, caso você opte por comprar um jogo da EA usado, terá que pagar pelo online pass para conseguir jogar com seus amigos. Ou seja, você tem um console travado, com um jogo original dentro, e teve que pagar DUAS VEZES para simplesmente jogar online.
Enfim, já me estendi demais, mas fico realmente revoltado com essas atitudes. É claro que uma empresa gigante como a EA necessita de resultados positivos em cada balanço, mas a minha sugestão é que combatam melhor a pirataria, façam um código vinculado ao DVD do jogo, mas não prejudiquem os que praticam o correto para saciar sua sede de lucro.
Abraço e até a próxima.
Bom dia a todos.
ResponderExcluirEssa história de on-line pass é um roubo descarado a nós pobre gamers que utilizamos de ferramentas LÍCITAS para nos divertir.
Concordo plenamente com o munda capitalista e com a teoria de acumulo de capital, mas acho que um pouco de razoabilidade é necessário, assim um controle efetivo sobre pirataria poderia encher os cofres da EA e ao mesmo tempo não insatisfazer os gamers HONESTOS!!!
Abraços
"a EA afirma que “o software é licenciado para você, e não vendido”." Isso é uma vergonha, diria Boris Casoy. Se eu compro apenas uma licença, eu tenho o direito de revender a mesma, ou caso não o tenha, a EA compra de volta minha licença quando eu não mais a quiser? é claaaaaaaaaro que não.
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